O endividamento das famílias brasileiras caiu para 76,1% em janeiro de 2025 segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Apesar de ser a segunda queda consecutiva, o índice ainda preocupa e reflete diretamente nas condições de vida e na saúde financeira dos trabalhadores.
Segundo o estudo, 20,8% dos brasileiros usaram mais da metade da renda para pagar dívidas, o maior percentual desde maio de 2024. Em média, as famílias gastaram 30% dos ganhos no pagamento desses débitos.
O estudo aponta ainda que 29,1% das pessoas possuem dívidas em atraso e 12,7% afirmam que não terão como pagá-las. O cartão segue sendo o preferido pelos consumidores que precisam de crédito. Do total de devedores, 83,9% utilizam essa modalidade.
Impactos do endividamento na vida dos trabalhadores
O alto índice de endividamento afeta diretamente a qualidade de vida dos trabalhadores. Estudos recentes apontam que o estresse causado pela dificuldade financeira pode reduzir a produtividade no trabalho, prejudicar a saúde mental e aumentar as taxas de afastamento por doenças como ansiedade e depressão.
Trabalhadores com altos níveis de endividamento apresentam índices de produtividade até 15% inferiores em comparação a trabalhadores com finanças equilibradas.
O aumento da informalidade e a precarização das relações de trabalho agravam ainda mais esse cenário. Trabalhadores informais ou com contratos intermitentes, que não têm garantia de renda estável ou direitos trabalhistas, são especialmente vulneráveis ao endividamento crônico.
O papel das políticas públicas
Especialistas destacam a necessidade urgente de políticas públicas que ofereçam suporte financeiro e educativo às famílias e aos trabalhadores.
O governo federal lançou recentemente programas de renegociação de dívidas, como o Desenrola Brasil. Tais iniciativas são importantes, mas também é essencial ampliar a inclusão financeira, reduzir os juros e melhorar a oferta de empregos formais e estáveis.
Garantir a saúde financeira das famílias e dos trabalhadores é fundamental para a estabilidade econômica e social do país.
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